A população de Lavras sofre com o pronto-socorro lotado. Isso acontece, principalmente, porque cerca de 80% dos 350 pacientes atendidos por dia na Unidade Regional de Pronto Atendimento (URPA) não são de emergência. São pessoas que não precisam de tratamento imediato ou de urgência e poderiam ser atendidas em postos de saúde. Dos nove pacientes que passaram pela URPA, durante o período de uma hora e meia em que a reportagem estava no local, nenhum deles precisava de atendimento de emergência.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, não existe nenhuma campanha para informar os pacientes sobre o funcionamento dos Pronto Atendimentos, mas desde o ano passado a Secretaria estabeleceu que toda unidade conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS) deve aderir ao Protocolo de Manchester, que é um sistema de triagem e classificação de pacientes, de acordo com o risco de morte. O Secretário Municipal de Saúde de Lavras, José Mourão, admite que existem falhas no serviço de saúde oferecido aos pacientes do SUS, como falta de médicos. Para ele, outro problema seria a falta de informação para as pessoas.
Classificação
De acordo com o Protocolo de Manchester, pacientes de emergência apresentam os seguintes sintomas: vômito, perda de consciência, intoxicações, tentativa suicídio, parada cardiorrespiratória, queimaduras, crises convulsivas, hipertensão e vítimas de acidentes. Já os pacientes de urgência, são aqueles que têm doenças como diabetes, pessoas com febre alta (entre 39° e 40°), com náuseas, desidratação, ou quem foi atacado por animais peçonhentos.
06/07/11
Fonte: Eptv