Uma das notícias mais aguardadas do Sul de Minas Gerais se tornou mais concreta. Representantes de prefeituras e empresários da região estiveram em Brasília e obtiveram a confirmação de que a reativação da ferrovia Varginha-Lavras será incluída em um edital de chamamento público, com publicação prevista ainda para este semestre. O anúncio marca um passo decisivo para a retomada de um trecho inativo há 15 anos.
O projeto visa, inicialmente, o transporte de cargas, mas abre portas para a futura inclusão de transporte de passageiros e turismo ferroviário. O trecho, que faz parte da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), é considerado vital para o escoamento de produção e o desenvolvimento econômico da região.
Desafios e Benefícios da Reativação
Embora a notícia seja animadora, o projeto enfrenta desafios técnicos. O engenheiro civil Fernando Paulo Caneschi alerta que a revitalização exige a reconstrução do pavimento em áreas onde a antiga linha férrea foi substituída por vias rodoviárias.
“Tentar reativar esse local é, entre aspas, paralisar tudo que já existe ali hoje. A gente precisa refazer aquele pavimento para que o trem consiga fluir por ali”, explicou o especialista.
Por outro lado, os benefícios são significativos. O empresário Cleber Marques de Paiva estima uma redução de 30% a 40% nos custos para o Porto Seco Sul de Minas, destacando a agilidade que o transporte ferroviário proporciona. A proposta de reativação da ferrovia Varginha-Lavras também é defendida por empresários como Alex Marques para criar um novo corredor de mobilidade e turismo entre Varginha e Três Corações.
O Ministério dos Transportes confirmou a inclusão do trecho no edital, mas os pontos exatos de operação ainda serão definidos.