Serão investidos cerca de R$ 17 milhões na criação do Centro, que irá atuar no fortalecimento da economia regional.

A cafeicultura mineira ganhará um novo impulso com a criação do Centro de Excelência em Cafeicultura de Montanha, lançado pelo Governo de Minas em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O projeto, que receberá cerca de R$ 17 milhões, tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável, fortalecer a economia regional e elevar a qualidade do café produzido nas áreas de montanha.
O anúncio foi feito em Juiz de Fora, durante evento realizado no Instituto de Laticínios Cândido Tostes da Epamig. Segundo Luiz Gustavo Cançado, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, o centro representa um marco para consolidar Minas como referência mundial na produção de café.
Estrutura e coordenação
O Centro de Excelência em Cafeicultura de Montanha será coordenado pelo pesquisador Marcelo Ribeiro Malta, da Epamig, e ficará sediado em Lavras, no Sul de Minas — região reconhecida pela tradição e qualidade na produção de cafés especiais. A unidade contará com campos experimentais voltados para pesquisa de cultivares, validação de tecnologias e melhoramento genético.
De acordo com a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa, o centro simboliza um avanço estratégico para agregar valor à produção mineira.
“Minas é líder mundial na cafeicultura e este projeto reforça a força dos nossos produtores e da inovação aplicada ao setor”, destacou.
Café de montanha: tradição e diferenciação
O café de montanha, cultivado em altitudes elevadas e clima ameno, possui características únicas de terroir e qualidade sensorial. Para Trazilbo José de Paula Júnior, diretor de Pesquisa e Inovação da Epamig, o projeto abre espaço para explorar ainda mais o potencial desse tipo de cultivo. Estão previstos estudos abrangentes ao longo de cinco anos, em parceria com universidades como a UFLA e a UFV.
Impacto econômico e projeções
Minas Gerais concentra cerca de 150 mil produtores de café e deve colher 25,3 milhões de sacas na safra de 2025. Até outubro deste ano, as exportações somaram US$ 8,8 bilhões, um crescimento de 44,6% em relação a 2024, consolidando o estado como responsável por 75% das vendas brasileiras ao exterior.
Além da comercialização, os investimentos em ciência e tecnologia têm se intensificado. Desde 2019, o Governo de Minas já destinou R$ 16,9 milhões em projetos voltados para a cadeia produtiva do café e atraiu mais de R$ 1,8 bilhão em investimentos privados, gerando mais de 2 mil empregos diretos. Um exemplo é a expansão da fábrica de cápsulas Nescafé Dolce Gusto, da Nestlé, em Montes Claros.
Com o Centro de Excelência em Cafeicultura de Montanha, Minas Gerais reforça sua posição como protagonista mundial na produção de café, unindo tradição, inovação e sustentabilidade. O projeto promete transformar o setor e ampliar ainda mais a competitividade do café mineiro nos mercados internacionais.
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