O Lavrense


Operação investiga fraude em combustíveis no Sul de Minas


Prejuízo causado aos cofres públicos pela sonegação de impostos é estimado em R$ 45 milhões.

Policiais e auditores fiscais durante a Operação Bomba Fantasma em postos de combustíveis no Sul de Minas
Foto: Cira-MG | Divulgação

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (Cira-MG) deflagrou nesta quarta-feira a Operação Bomba Fantasma, que investiga fraudes tributárias e a venda de combustível adulterado em uma rede de postos no Sul de Minas.

Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Três Pontas, Boa Esperança, Varginha, São Lourenço, Lavras e Poços de Caldas. O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 45 milhões.

Alvos da Investigação

Os mandados foram executados em postos de combustíveis, residências de empresários e na sede de uma transportadora suspeita de se beneficiar do esquema. Os investigados podem responder por associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A operação integra a fiscalização de postos realizada na semana anterior, que contou com diversas instituições para combater irregularidades no setor.

Esquema de Fraude

Segundo levantamentos da Receita Estadual:

  • A rede adquiria combustível sem nota fiscal, ocultando a origem e sonegando impostos.
  • Em vários postos já houve autuação por venda de combustível adulterado, especialmente com uso de metanol.
  • Há indícios de transferência fraudulenta de créditos de ICMS para transportadoras.
  • O volume de óleo diesel revendido era superior à capacidade de armazenamento dos postos, reforçando a suspeita de fraude.
  • Parte dos estabelecimentos foi transferida para um “laranja”, estratégia para blindar o verdadeiro proprietário das investigações.

Força-Tarefa

A ação mobilizou:

  • 3 promotores de Justiça
  • 24 auditores fiscais da Receita Estadual
  • 4 delegados de polícia
  • 20 policiais militares
  • 8 policiais civis
  • 2 fiscais do Procon

Impacto e Relevância

A Operação Bomba Fantasma reforça o combate à sonegação fiscal e à comercialização de combustíveis adulterados, práticas que prejudicam tanto os consumidores quanto os cofres públicos. O caso expõe a necessidade de maior fiscalização e transparência no setor de combustíveis em Minas Gerais.


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